
O Cristianismo tornou-se a única religião oficial do Império sob Teodósio I (379-395 d.C.). Inicialmente, o imperador detinha o controle da Igreja. A decisão não foi aceita uniformemente por todo o Império; o paganismo ainda tinha um número muito significativo de adeptos. Uma das medidas de Teodósio I para que sua decisão fosse ratificada foi tratar com rigidez aqueles que se opuseram a ela. O massacre de Tessalônica devido a uma rebelião pagã deixa clara esta posição do imperador. Um dos conflitos entre a nova religião do Império e a tradição pagã consistiu na condenação da homossexualidade, uma prática comum na Grécia antes e durante o domínio romano.
PANTHEON ROMANO X PARTENON GREGO
Pantheon romano:

O Panteão original foi construído em 27 a.C., durante a República Romana, durante o terceiro consulado de Marco Vipsânio Agripa. Efetivamente, o seu nome está inscrito sobre o pórtico do edifício. Lê-se aí: M.AGRIPPA.L.F.COS.TERTIUM.FECIT, o que significa: "Construído por Marco Agripa, filho de Lúcio, pela terceira vez cônsul".
De fato, o Panteão de Agripa foi destruído por um incêndio em 80 d.C., sendo totalmente reconstruído em 125, durante o reinado do imperador Adriano, como se pode comprovar pelas datas impressas nos tijolos que fazem parte da sua estrutura. A inscrição original, referindo-se à sua fundação por Agripa foi, então, inserida na fachada da nova construção de acordo com uma prática habitual nos projetos de reconstrução devidos a Adriano, por toda a Roma.
Adriano caracterizava-se pelo seu cosmopolitismo, viajou bastante pelas regiões orientais do império, e foi um grande admirador da cultura grega. O Panteão nasceu do seu desejo de fundar um templo dedicado a todos os deuses, num gesto ecuménico ou sincretista que abarcasse os novos povos sob a dominação do Império Romano, já que estes ou não adoravam os antigos deuses romanos ou (o que acontecia cada vez mais) adoravam-nos sob outras designações, adaptando deuses estrangeiros.
Em 608, o imperador bizantino Focas ofereceu o edifício ao Papa Bonifácio IV que o consagrou, em 609, como igreja cristã dedicada a Santa Maria e Todos-os-Santos (Mártires) - nome que mantém atualmente.
Partenon grego:

O nome Partenon parece derivar da monumental estátua de Atena Partenos abrigada no salão leste da construção. Foi esculpida em marfim e ouro por Fídias e seu epíteto parthenos (em grego παρθένος, "virgem") refere-se ao estado virginal e solteiro da deusa. O Partenon foi construído para substituir um antigo templo destruído por uma invasão dos persas em 480 a.C.. Como muitos templos gregos, servia como tesouraria, onde se guardavam as reservas de moeda e metais preciosos da cidade e também da Liga de Delos, que se tornaria mais tarde o império ateniense. No século VI foi convertido numa igreja cristã dedicada à Virgem Maria.
OFÍCIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO
Em 8 de dezembro de 1854 o Papa Pio IX, depois de várias reuniões com os estudiosos da Igreja, definiu como dogma a doutrina da Imaculada Conceição na Bula Ineffabilis Deus.
Neste documento a igreja católica romana, fruto político do império romano declara não hesitar em propor a Conceição da Virgem ao culto público e à veneração dos fiéis.
CONCLUSÃO
Não podendo conter o crescimento da igreja, visto que quanto mais a perseguia mais ela crescia, o império romano até então oficialmente pagão passa a utilizar a igreja estrategicamente como uma ferramenta para governar em paz.
Consolidando a igreja católica apostólica romana como religião oficial a poder do estado, o império operou domínio sobre os povos através de um modelo politeísta que abrigava espelhos de deuses pagãos em seus santos, como a virgem Maria que ficou no lugar da deusa Atena, a eternamente virgem dos gregos.