segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Missiomarketologia

Missiomarketologia – Humm??? Ao longo dos meus anos, tive a oportunidade de conhecer muitos ministérios, dos quais uma grande parte tem uma abordagem “missionária”, ou seja, carregam a bandeira de levar o evangelho a outras nações. São informativos infindáveis com fotos e mais fotos da grande “obra”.Tenho percebido que existe uma apropriação indébita do termo missões, pois, muitos usam essa palavra pra alavancar seus projetos pessoais. Basta dizer que o alvo é missionário que o vale tudo começa.Decidi não me calar mais em relação a esse engodo “missionário” que na verdade suga os recursos da Igreja e gera um tipo de obreiro Fast-food.(John Dawson, 2001). Esses são obreiros que querem mudar a história de uma nação nos atos proféticos, os quais têm seu lugar no misticismo evangélico, mas não são o marco definidor de uma nação. Obreiros que vivem para escrever e promover seus projetos que em sua grande maioria não tem relevância na vida de uma comunidade. Já me deparei com cada proposta que tenho até vergonha de citá-las. Mas tudo isso tem uma fundamentação: “Missões”!!! Não suporto mais ver pessoas desafiando a igreja para as nações e ao mesmo tempo saber que geralmente essas mesmas pessoas não estão dispostas a serem resposta do seu próprio apelo. Acho isso uma crueldade com a noiva de Cristo, pois, geralmente, essas pessoas exercem influência sobre centenas de milhares de pessoas das quais, apenas algumas foram chamadas para as nações e vão se posicionar, mas outras não foram chamadas, contudo, foram constrangidas pelo apelo, e outros ainda irão se sentir culpados por não terem coragem de responder a esse clamor. Creio que nunca podemos perder o alvo missionário. A Igreja foi chamada pra levar as boas novas de Cristo a todos os povos da terra. Mas isso não deve ser feito pelo “emocionalismo”, mas sim através do preparo sistemático de obreiros que tenham sua vida aprovada na comunidade local, visto que, é na localidade que somos forjados, onde não ficamos escondidos atrás de eventos e chamados mirabolantes. Na localidade somos confrontados em nosso caráter, motivações, temores, e também, é lá que se encontra a possibilidade de nossa cura e aprovação diante de Deus.Caso você sinta um chamado missionário então é hora de aprofundar sua vida no conhecimento do Senhor, na sua palavra, nos seus estatutos. Você terá que aprender o que é servir, e servir sem esperar nada em troca. Procure seus líderes e disponha sua vida na localidade. Não tema a restrição dos homens, pois quem intentará contra a vontade soberana de Deus? E por favor, não use desse chamado para auto-promoção. Missões não é marketing, mas um desafio árduo. Isso mesmo. Não trate o assunto no romantismo apenas, mas trate com realismo, visto que esse chamado consumirá toda sua existência.Meu desejo é que a obra missionária, feita a partir do Brasil, seja sólida e abrangente e que realmente o fruto desse trabalho seja para a edificação de pessoas para a vida e para a glória Dele, somente Dele.No Senhor, que doou sua vida por Sua missão;

Gerson Freire http://www.gersonfreire.com/

Fonte: Diante do Trono

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A Colheita

“O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha”. (Provérbios 10: 5)
Este versículo é simplesmente profundo e maravilhoso, pois, fala sobre o filho que na época do verão trabalha e ajunta mantimentos, agindo com entendimento, inteligência e sabedoria. O que há de tão especial em ajuntar no verão?
Qualquer agricultor sabe que no inverno ou no outono não é tempo de ajuntar. É preciso conhecer as estações, saber o tempo de ajuntar. Por exemplo, um agricultor que tem uma grande colheita e não tem onde armazenar acaba fazendo montões com o que colheu na sua fazenda, não tendo celeiro para guardar. Sabe o que vai acontecer? A chuva virá e apodrecerá todo o mantimento e durante o inverno morrerá de fome, pois não tem nada estocado.Amo o texto que Jesus diz: “Louco esta noite pedirão a tua alma e o que você tem”? Nessa passagem, Jesus conta a história de um agricultor que teve uma grande colheita, guardou tudo em seu celeiro e disse estava pronto para folgar e descansar, entretanto, o inverno da alma dele havia chegado. O agricultor de acordo com seus conhecimentos técnico da agricultura no mundo físico, porém, não teve o entendimento necessário para ajuntar no celeiro espiritual. Jesus usou o princípio da agricultura para falar de um princípio eterno. O filho sábio ajunta não só bens físicos no verão, mas também ajunta bens eternos nos celeiros do céu, pois, ele não sabe a hora que será chamado.
Não ajunteis para vos tesouros onde a traça e a ferrugem corroem mais ajunteis para vos tesouros nos céus..... Aleluia!!!!!
A segunda parte do versículo de Provérbios 10, fala sobre o filho que dorme na sega e deste se diz: “E filho que envergonha”. Que vergonha um filho que dorme, deixa passar o tempo da colheita e perde o momento! O pai deixa o filho tomando conta da seara e ele dorme, deixando o inimigo entrar e roubar a colheita. Este filho é uma vergonha para seu pai.
Este texto me assusta, pois, quantos de nós estamos dormindo na hora que deveríamos estar prontos para a colheita e deixamos que o inimigo entre, roube e destrua o fruto.
Mais uma vez preciso mencionar um ensino que Jesus deu aos seus discípulos concernentes ao joio e o trigo, usando uma parábola na qual narra a história de um agricultor que semeou trigo no seu campo, porém, enquanto os homens dormiam veio o inimigo e semeou o joio. Quando a plantação cresceu os homens se assustaram, pois, viram o joio no meio do trigo. A primeira solução que aqueles homens pensaram era arrancar a praga semeada, todavia, o dono do campo diz: “Agora não! Precisamos esperar a colheita, pois, ao arrancar o joio corremos o risco de tirar o trigo junto”. O joio só foi semeado no meio do trigo, porque aqueles que deveriam vigiar o campo dormiram, deixando uma brecha aberta para que o inimigo prejudicasse a plantação. O filho que dorme na sega é uma vergonha para o pai. Portanto, como está escrito em I Pedro 5.8: “Orai e vigiai. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando a alguém para devorar”.
Há uma grande expectativa nestes dias sobre a colheita que virá sobre a terra. Oro para que sejamos filhos abençoadores e que não durmamos na hora da ceifa.
Finalizando este texto, gostaria de mencionar algo que vem ao meu coração em quanto escrevo estas palavras. Será que o Filho, ou seja, Jesus dormiu? As escrituras narram um momento que os discípulos estavam no meio de uma tempestade e Jesus dormia tranquilamente no barco. Os discípulos apavorados o acordam dizendo: “Não se ti dá que morramos?”. Jesus se levanta e reaprende a tempestade. Aquela tempestade circunstancial não perturbou o Filho de Deus. Mas nos versículos de Mateus 9: 36 a 38, relatam que quando Jesus viu a multidão, “Ele se moveu de íntima compaixão”, se perturbou dentro de si e disse aos seus discípulos: “... A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande mais trabalhadores para a sua seara". O Filho então chama os discípulos e os envia de dois em dois para uma missão. Jesus não dormiu quando viu a seara. Ora a Deus para que não nos deixe dormir para que possamos também nos mover íntima compaixão pelos que perecem.

Pr. Judson de Oliveira.



Obs: O ministério JUDA convoca intercessores para os ajudarem em oração pelos projetos missionários, como Missão Cuba Livre, veja detalhes no site, e entre em contato pelo e-mail juliana@juda.com.br;

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